" Viver apenas um dia ou ouvir um bom ensinamento é melhor
do que
viver um século sem conhecer tal ensinamento. "


quarta-feira, 31 de março de 2010

DENGUE

É uma doença infecciosa, febril, aguda e benigna na maior parte dos casos. É causada pelo vírus do grupo Flavivírus, transmitido ao homem através da picada do mosquito vetor Aedes Aegypiti. Após a transmissão, existe um período de incubação de 2 a 7 dias; o ciclo de multiplicação viral dura em média 18 horas.

FISIOPATOLOGIA – Como acontece a doença?
O mosquito infectado pica o homem. O vírus se dissemina pelo sangue; e, conseqüentemente se instala sobre o tecido. A multiplicação do vírus sobre o tecido provoca inflamação dos vasos, e o sangue passa circular mais lentamente. Com a circulação mais lenta, é comum que os líquidos do sangue extravasem os vasos e, com isso, o sangue torna-se mais espesso. O sangue espesso pode coagular dentro dos vasos, provocando trombos. Além disso, a circulação lenta prejudica a oxigenação e a nutrição ideal dos órgãos. Com o tempo, se não houver tratamento específico, pode haver um choque circulatório, o sangue deixa de circular, os órgãos ficam prejudicados e podem parar de funcionar, levando à morte.

TRANSMISSÃO
O inseto Aedes Aegypiti fêmea é quem contamina o homem, pois o macho se alimenta apenas de seiva de plantas. A fêmea precisa da albumina (substância do sangue) para completar o processo de amadurecimento de seus ovos. O mosquito apenas transmite a doença, mas não sofre seus efeitos. Seu aspecto é parecido com o pernilongo, mas possui listras brancas em seu corpo e só pica durante o dia. Ele desenvolve sua fase larvária em coleções de água, como poços, caixas d’água, vasos de jardins, tambores, pneus e outros recipientes.
 
CARACTERÍSTICAS da dengue:
· 99% dos infectados têm febre, que dura cerca de 3 a 8 dias;
· 50% têm prostração e indisposição.
· 60% têm cefaléia.
· 50% têm dor retro-orbitária, mialgia e artralgia (dor nos músculos e nas articulações).
· 25% apresentam manchas vermelhas em todo o corpo (os chamados exantemas); como o vírus se instala também próximo aos vasos, é comum que inflamem e fiquem evidentes na pele.
· Perda do paladar e apetite.
· Muitas dores nos ossos e articulações.
Freqüentemente, ocorre dor de garganta, náuseas, vômitos, dor epigástrica e diarréia.

Procedimentos básicos no TRATAMENTO
Procurar um atendimento básico.
A hidratação e a reposição de eletrólitos são os principais cuidados, pois é certo que febre, anorexia, vômitos e diarréia podem levar à desidratação.
Aconselha-se ingerir muito líquido.
É indicado o uso de paracetamol para alívio da dor, e para diminuir a febre.
Medicamentos a base de ácido acetilsalicílico (como aspirina), dipirona (antiagragante plaquetário) e medicações anticoagulantes devem ser evitados.
Deve-se fazer repouso e controle do hemograma.
Nos casos mais graves, com impossibilidade de hidratação oral, deve-se iniciar hidratação parenteral (venosa) na unidade de atendimento e, em seguida, transferir para a unidade hospitalar, mesmo antes de pesquisa laboratorial.
Registrar temperatura, pulso, pressão arterial, queixa de dor, quantidade de líquido ingerido, aspecto da pele, estado físico geral do cliente, presença de vômito e outros sintomas.
É muito importante no combate à dengue ter uma equipe de vigilância epidemiológica; a notificação compulsória deve ser rigorosa; a sorologia deve ser feita a partir do 6º dia.

Referência Bibliográfica

FIGUEIREDO, N. M. de A. Prática de Enfermagem: Ensinando a Cuidar em Saúde Pública. 2005.

Postado por: Bruna Stéphanie

segunda-feira, 29 de março de 2010

Fisioterapia X Medicina

A fisioterapeuta Tatiane, conta que já viu muitas pessoas cursarem Fisioterapia porque não conseguiram passar em Medicina, mas, ainda assim, acredita que a maioria que faz o curso quer mesmo seguir a profissão.
"É uma paixão, para mim, poder melhorar a vida das pessoas. Me sinto vitoriosa quando vejo que o paciente, que antes não conseguia nem mesmo pegar um copo d'água, de repente consegue uma certa independência funcional. Porque é para isso que nossa profissão serve: reabilitar pessoas, para que estas possam sobreviver sem depender de ninguém", orgulha-se.
Gustavo, que descobriu a vocação ainda adolescente, devido às várias lesões que sofria nos esportes que praticava, concorda com a fisioterapeuta e também diz estar bem satisfeito. "Somente uma coisa está nos deixando bastante chateados: a tal Lei do Ato Médico".
A Lei estabelece uma hierarquia entre a medicina e as demais profissões da área de saúde e condiciona à autorização do médico o acesso aos serviços. "Um absurdo, porque eu estudei cinco anos para poder fazer o que faço e ninguém entende mais do que eu, sobre a minha profissão", finaliza.


Conheça as áreas que a Fisioterapia abrange

Fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional: Atua na investigação, prevenção e tratamento das doenças dos ossos, músculos, articulações e ligamentos. Pode atuar em fraturas, torções, amputações e lesões musculares, inclusive evitando que estas ocorram, e evitando, em alguns casos, uma cirurgia, trabalhando de forma preventiva.
Fisioterapia Geriátrica: Atua junto ao idoso e proporciona uma melhor qualidade de vida a este, promovendo uma melhor postura, uma marcha equilibrada, uma melhora da auto-estima, evitando a depressão e o sentimento de incapacidade.
Fisioterapia Pediátrica: Promove um melhor nível de vida para crianças, principalmente àquelas que apresentam desenvolvimento psicomotor abaixo dos padrões considerados normais para sua faixa etária.
Fisioterapia Desportiva: O fisioterapeuta atua na prevenção, planejamento, implantação, coordenação e supervisão de programas destinados à recuperação funcional de atletas amadores e profissionais. Orienta o atleta e os praticantes de atividades físicas, fortalecendo e preparando as regiões mais susceptíveis a lesões em cada esporte.
Fisioterapia Reumatológica: Com exercícios que ativam a circulação e desenvolvem a capacidade dos movimentos em pacientes acometidos por causa de dores nas articulações, a fisioterapia está indicada em pacientes com reumatismos, artrites, artroses e osteoporose.
Fisioterapia Preventiva: Além de tratar lesões tem papel fundamental na prevenção, como conscientizar a população em geral, especialmente crianças, quanto à postura, prevenindo alterações posturais e evitando complicações posteriores.
Fisioterapia Cardio-Respiratória: Nesta área, o fisioterapeuta lida com a avaliação e o tratamento de pacientes com distúrbios pulmonares crônicos ou agudos. Emprega métodos e uma grande variedade de exercícios terapêuticos.
Angiologia: O fisioterapeuta avalia e desenvolve um programa de assistência para pacientes com uma variedade de distúrbios vasculares, com o objetivo de melhorar a circulação sanguínea, aumentar a resistência física aos exercícios, aliviar a dor, etc.
Fisioterapia Estética: Atua nesta área prevenindo o aparecimento de cicatrizes hipertróficas e para facilitar o pré e pós operatório de cirurgias plásticas. Atua ainda, na celulite, flacidez muscular, estrias, envelhecimento cutâneo, queimaduras e acne.
Queimados: Usando como principal recurso a cinesioterapia, tem como objetivo desenvolver os movimentos do paciente que sofreu queimaduras.
Fisioterapia Neurológica: Função de reabilitar pacientes com problemas neurológicos.
Fisoterapia do Trabalho: Atua na análise ergonômica do local, dos objetos de trabalho e, principalmente, da postura dos funcionários no trabalho.
Fisioterapia Hospitalar: Atua nas enfermarias de hospitais e UTI's, com pacientes acamados. Envolve trabalhos respiratórios, neurológicos, cardiológicos, alongamentos, higiene brônquica, fortalecimento dos músculos, etc.

O curso
Existem hoje, no Brasil, mais de 160 cursos de Fisioterapia, sendo que a grande maioria foi aberta nos últimos 5 anos. Estes cursos já formaram mais de 40 mil profissionais e estima-se que 50% destes profissionais estejam atuando no mercado de trabalho.
Com duração de 4 a 5 anos, o curso tem disciplinas específicas como Anatomia, Bioquímica, Biofísica, Histologia, Embriologia, Fisioterapia, Metodologia, Prática Desportiva, Psicologia, Fisiologia, Microbiologia e Imunologia, Patologia, Primeiros Socorros, Saúde Pública, Cinesiologia e Cinesioterapia.


" Sou muito apaixonada pelo curso de Fisioterapia"
 Postado por: Bruna Stéphanie

sábado, 20 de março de 2010

PARALISIA FACIAL “A FRIGORE”

PARALISIA FACIAL “A FRIGORE” tratamento com acupuntura

A paralisia facial “a frigore” é uma patologia neurológica freqüente e constitui motivo de consulta e procura por tratamento fisioterápico e por acupuntura. A paralisia facial de Bell na fase aguda é angustiante e seus sintomas são intensos e preocupantes: rosto assimétrico, inexpressivo, oclusão incompleta da pálpebra, que pode causar ulcerações de córnea, perdas salivares contínuas. Sob o ponto de vista da Acupuntura a fisiopatologia energética da paralisia facial “a frigore”, é causada por uma agressão da energia perversa (algo que nos agride) essencialmente o Vento-Frio. Ele provoca uma estagnação a este nível, esta alteração local provoca uma desarmonia de Energia e Sangue, e conseqüentemente os problemas tróficos pela falta de chegada da Energia Wei (defensiva) e do Rong (nutritiva). O resultado é a desnutrição desta área facial afetada.



TRATAMENTO: Os objetivos do tratamento da paralisia facial por acupuntura são: a liberação do meridiano energético afetado e restabelecer a circulação energética; permitir a rehidratação do lado da face afetado; nutrir os tecidos afetados; reforçar a energia mental e acalmar a mente. As sessões de acupuntura, nestes casos, são diárias ou em dias alternados e com duração de 20 a 25 minutos.



Fonte: Revista Francesa de Medicina Tradicional Chinesa – 1992.
Editado pela Editora Nugyen Van Nghi


Postado por Liane Romeu

Nadadores e as lesões no ombro


Um dos problemas mais comuns em nadadores e triathletas é o chamado "ombro do nadador", uma condição causada por sobrecarga que resulta em tendinite do manguito rotador (supraespinhoso) e/ou bíceps ou bursite subacromial. Em várias ocasiões é diagnosticado uma síndrome do impacto e que em nadadores jovens deve-se pesquisar como uma microinstabilidade ou instabilidade do ombro como causa primária.
Muitos nadadores iniciam a prática deste esporte por volta dos sete anos de idade e com exigências cada vez maiores. Além das sessões de natação, o treinamento de força muscular aumenta o trabalho no ombro dos praticantes de alto rendimento.
A condição de impacto da bolsa subacromial, do supraespinhoso e do tendão do bíceps, contra o acrômio é alta. Esta condição causa sobrecarga e microtrauma nos nadadores que leva ao desenvolvimento de instabilidade no ombro (falência progressiva dos ligamentos e cápsula). A irritação continuada do supraespinhoso pode causar uma diminuição do espaço subacromial causando, secundariamente, impacto e a possibilidade de bursites de repetição.
Técnicas novas, nos nadadores, procuram evitar este impacto para que sejam minimizados os seus efeitos, tais como manter o cotovelo em um plano mais alto na fase de recuperação do movimento, deixando a mão na altura da crista ilíaca. Ao contrário da coxa, como normalmente é feito diminuindo o impacto do manguito no espaço subacromial.
Também a diminuição do tempo de treinamento com "hand paddles" que aumentam a resistência da água e que exacerbam a dor nos ombros. Alongamentos de toda a musculatura dorsal, principalmente dos rombóides, ao invés da cápsula posterior, e reforço dos estabilizadores da escápula mantêm um movimento mais apropriado e seguro para o ombro.
Repouso adequado para uma reabilitação completa é extremamente importante, buscando alternativas de treinamento que não sobrecarreguem a articulação, como bicicleta, por exemplo. O tratamento fisioterapêutico é essencial. Deve ser baseado no reforço dos rotadores externos e estabilizadores da escápula. O tratamento cirúrgico é raramente indicado e é reservado sempre para os casos em que o tratamento conservador não resolveu o problema.

Referencias:





Postado por: Sandy Hellen


Bursite

Bursite é a inflamação da bursa, pequena bolsa contendo líquido que envolve as articulações e funciona como amortecedor entre ossos, tendões e tecidos musculares. A bursite ocorre principalmente nos ombros, cotovelos e joelhos.

Causas

•Traumatismos
•Infecções
•Lesões por esforço
•Uso excessivo das articulações
•Movimentos repetitivos
•Artrite (inflamação das articulações)
•Gota (depósito de cristais de ácido úrico na articulação

Tratamento

O médico ou fisioterapeuta pode usar ultra-som para aquecer tecidos mais profundos e melhorar o fluxo sanguíneo. Iontoforese também pode ser usada. Isso envolve o uso de corrente elétrica para empurrar medicamento através da pele diretamente sobre a bursa ou tendão inflamado. Alongamento suave e exercícios de fortalecimento são adicionados gradualmente. Massagem do tecido mole também pode ajudar.

Se não houver melhora, o médico pode injetar medicamento corticóide na área ao redor da bursa ou tendão inflamado. Embora essas injeções sejam comuns no tratamento, elas devem ser usadas com cautela. Se ainda não houver melhora depois de 6-12 meses o médico pode fazer artroscopia ou cirurgia aberta para reparar o dano e aliviar pressão sobre os tendões e bursa.



Referencias:


quinta-feira, 18 de março de 2010

Asma

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias áreas, que resulta na redução ou até mesmo obstrução no fluxo de ar. Sua fisiopatologia está relacionada a interação entre fatores genéticos e ambientais que se manifestam como crises de falta de ar devido ao edema da mucosa brônquica, a hiperprodução de muco nas vias aéreas e a contração da musculatura lisa das vias aéreas, com conseqüente diminuição de seu diâmetro (broncoespasmo).

As crises são caracterizadas por vários sintomas como: dispnéia, tosse e sibilos, principalmente à noite. O estreitamento das vias aéreas é geralmente reversível porém, em pacientes com asma crônica, a inflamação pode determinar obstrução irreversível ao fluxo aéreo. As características patológicas incluem a presença de células inflamatórias nas vias aéreas, exsudação de plasma, edema, hipertrofia muscular, rolhas de muco e descamação do epitélio.

Sinais e sintomas

Caracteristicamente à doença, os sintomas aparecem de forma cíclica com períodos de piora. Dentre os principais sinais e sintomas estão: a tosse, que pode ou não, estar acompanhada de alguma expectoração (catarro), dificuldade respiratória, com dor ou ardência no peito, além de um chiado(sibilância). Na maioria das vezes não há expectoração ou se tem é tipo "clara de ovo".

Os sintomas podem aparecer a qualquer momento do dia, mas tendem a predominar pela manhã ou à noite.

Tratamento Fisioterápico
 
O tratamento fisioterápico em pacientes com Asma é divido em dois: Crianças e Adultos.

Os procedimentos executados contribuem para melhorar a ventilação, auxiliar no relaxamento da musculatura respiratória, higienizar a via aérea hipersecretiva, além de prevenir a busca por serviços de emergência e hospitalizações, melhorar a condição física e aprimorar a qualidade de vida dos indivíduos acometidos.

Nas crianças, o tratamento são trabalhos de exercícios respiratórios reexpansivos passivos, através de manobras de desobstrução brônquica, drenagem postural e inalações, com estímulo de tosse se necessário. Crianças com boa capacidade colaborativa e coordenação desenvolvida podem se beneficiar de técnicas de treino de padrão ventilatório.

Em adultos, o tratamento enfatiza os alongamentos globais, exercícios aeróbicos, exercícios respiratórios reexpansivos, acompanhamento da evolução do fluxo respiratório e acompanhamento dos exercícios com uso de oxímetro, se necessário. Em alguns casos é necessário um trabalho de higiene brônquica, associada à aspiração de secreção brônquica (catarro), comum em pacientes infectados. Quando a hiperinsuflação pulmonar está presente, são utilizadas técnicas de desinsuflação pulmonar visando aumentar o volume de ar corrente.

Em estágios mais avançados do tratamento, é necessário o uso de incentivadores respiratórios, respiradores mecânicos não-invasivos, onde o paciente apresenta certa estabilidade do quadro, visando o condicionamento físico aliado à resistência pulmonar vitais para a diminuição das crises asmáticas. Exercícios posturais para relaxamento, mobilidade, alongamento e fortalecimento também são fundamentais para corrigir deformidades torácicas e posturais, comuns nos casos de doença avançada e com crises freqüentes.


                                                                                                                                              
                                                                                                                                         Postado por: Liane Romeu

terça-feira, 16 de março de 2010

' Paralisia Cerebral

Definição:
A paralisia cerebral é o nome que se dá a um grupo de problemas motores (relacionados aos movimentos do corpo) que começam bem cedo na vida e são o resultado de lesões do sistema nervoso central ou problemas no desenvolvimento do cérebro antes do nascimento. Algumas crianças com paralisia cerebral também têm desordens de aprendizagem, de visão, de audição e da fala. Embora a lesão específica do cérebro ou os problemas que causam paralisia cerebral não piorem, os problemas motores podem evoluir com o passar do tempo.


Etiologia:
Segundo Diament e Cypel (1996)citam que há autores que questionam se a asfixia intraparto conduziria à lesão cerebral, na dependência da intensidade e tempo de exposição à falta de oxigênio, assim, Fenichel (1983) refere-se a poucos casos realmente comprovados de asfixia intraparto como causadoras de PC.
 
Causas mais comuns da paralisia:

*Pré natais:Genéticas e ou/hereditárias.
*Maternas: Circulatórias (fenômenos hipóxicos-isquêmicos,hipotensão,Eclampsia,Hemorragia com ameaça de aborto,Desprendimento prematuro da placenta,Má posição do cordão umbilical)
Perinatais:Parto distócico
Asfixia:(Hipóxia ou anóxia)
Hemorragia intracraniana
Prematuridade e baixo peso
Icterícia grave:(Hemolítica ou Incompatibilidade)
Infecção pelo canal do parto
*Pós-natais:Meningencefalites bacterianas e virais.
TCE
Encefalopatias desmielinizantes(pós-infecciosas ou pós-vacinas)
Processos vasculares
Desnutrição

Fisiopatologia:
O cérebro comanda a funções do corpo.
Cada área do cérebro é responsável por uma determinada função,como os movimentos dos braços e das pernas, visão e audição e a inteligência.
A criança com PC, pode apresentar alterações que variam desde leve incoordenação dos movimentos ou ima maneira diferente para andar,inabilidade em segurar um objeto,falar ou deglutir.
Dentre os fatores determinantes de lesão cerebral irreversível, os mais comumente observados são infecções do SNC .hipóxia (falta de oxigênio) e traumas de crânio.
Em muitas crianças a lesão ocorre nos primeiros meses de gestação e a causa é desconhecida.

Tratamento Clínico:
Os pacientes de paralisia cerebral devem ser tratados de forma que seja possível colocá-lo em condições de se integrar na vida comunitária. Deve haver uma equipe constituída de: neuropediatra, ortopedista, fisioterapeuta, psicólogo, terapeuta ocupacional e professores. A individualização do tratamento é uma das regras básicas.

Tratamento Fisioterápico:
Os diferentes métodos utilizados em fisioterapia serão empregados de acordo com o quadro clínico.
O método de Bobath, que se baseia na inibição dos reflexos primitivos e dos padrões patológicos de movimentos.
O método de Bobath, que se baseia na inibição dos reflexos primitivos e dos padrões patológicos de movimentos.
Facilitação e inibição, ou as técnicas de facilitação neuromuscular proprioceptivas são superiores umas às outras, e os exercícios tradicionais menos custosos. Sendo assim, os alongamentos músculo-tendinosos devem ser lentos e realizados diariamente para manter a amplitude de movimento e reduzir o tônus muscular.
 
Objetivos da Fisioterapia:
Reduzir a espasticidade;
Manter e/ou ganhar ADM;
Ganhar força muscular;
Melhorar a coordenação motora grossa/fina;
Melhorar o equilíbrio na posição sentada;
Estimular o gato;
Estimular a marcha;
Educar para as AVDS;


CONDUTA:
Alongamento Global;
Treino de Equilíbrio estático;
Bobat (para controle de tronco)
Exercícios para dissociação de cinturas;
Kabat(Alongar e fortalecer)
Treino de AVDS;
Brincadeiras lúdicas(objetos de encaixe,quebra cabeças e objetos coloridos);
Descarga de Peso (Parapódio);


Postado por: Bruna Stéphanie

sábado, 13 de março de 2010

Espondilite Anquilosante

 A espondilite anquilosante é um tipo de inflamação que afeta os tecidos conectivos, caracterizando-se pela inflamação das articulações da coluna e grandes articulações, como os quadris, ombros e outras regiões. Embora não exista cura para a doença, o tratamento precoce e adequado consegue tratar os sintomas - dor e inflamação, estacionar a progressão da doença, manter a mobilidade das articulações acometidas e manter uma postura adequada.
A espondilite anquilosante caracteriza-se pelo surgimento de dores na coluna de modo lento ou insidioso durante algumas semanas, associadas à rigidez matinal da coluna e diminui de intensidade durante o dia. A dor persiste por mais de três meses, melhora com exercícios e piora com repouso.
No início, a espondilite anquilosante costuma causar dor nas nádegas, possivelmente se espalhando pela parte de trás das coxas e pela parte inferior da coluna. Essa dor tem origem nas articulações sacroilíacas. Alguns pacientes se sentem doentes de uma forma geral - sentem-se cansados, perdem apetite e peso e podem ter anemia.
A inflamação das articulações entre as costelas e a coluna vertebral pode causar dor no peito, que piora com a respiração profunda, sentida ao redor das costelas, podendo ocorrer diminuição da expansibilidade do tórax durante a respiração profunda.
O diagnóstico da doença é baseado no conjunto de sintomas e no raio X da coluna e das juntas afetadas. O médico faz um histórico e examina as costas (procurando por espasmos musculares, com atenção para a postura e mobilidade) e examinará as outras partes do corpo, procurando pelas evidências da espondilite anquilosante.
As alterações características estão nas juntas sacroilíacas, mas podem levar alguns meses para se desenvolver, podendo não ser notadas na primeira consulta.

Tratamento

Não há cura para a espondilite anquilosante e, embora a doença tenda a ser menos ativa conforme a idade avança, o paciente deve estar consciente de que o tratamento deve durar para sempre. O tratamento objetiva o alívio dos sintomas e a melhora da mobilidade da coluna onde a mesma tenha diminuído, permitindo ao paciente ter uma vida social e profissional normal. O tratamento engloba o uso de medicamentos, fisioterapia, correção postural e exercícios, que deve ser adaptado a cada paciente.
O propósito dos exercícios é conscientizar o paciente de sua postura, especialmente com relação às sua costas, e encorajar o movimento livre de algumas juntas, particularmente ombros e quadris. É importante fortalecer os músculos, pois o movimento reduzido, mesmo por um curto período de tempo, os enfraquece, podendo levar muito tempo para reconstruí-los.
Além dos exercícios, é importante que o paciente consulte um fisioterapeuta para aprender uma rotina de exercícios que poderá praticar todos os dias. Com essa rotina o paciente terá alívio das dores, diminuição das inflamações e das contraturas, manutenção da postura, manutenção das funções articulares e evitar deformidades atróficas.

Referencias:


Postado por: Sandy Hellen

Pseudoartrose


Pseudoartrose é a não consolidação de uma fratura. Também definida como falsa articulação, a pseudoartrose caracteriza-se então pela falta de consolidação óssea em relação a uma fratura ou mesmo a uma artrose.
A pseudoartrose não é uma doença rara, embora não seja tão conhecida da população. Ao contrário, ela é bastante comum e é alvo de inúmeros estudos na área científica, entre eles, por exemplo, a deficiência femoral proximal, que é dividida em vários tipos. No Tipo A de deficiência femoral proximal, segundo a classificação de Aitken, verificou-se que o osso se encontra acentuadamente angulado, podendo haver uma pseudoartrose. No Tipo B da classificação de Boyd (tíbia - displásica), ocorre com um encurvamento anterior. A fratura ocorre espontaneamente ou após um trauma mínimo antes dos dois anos de idade. As extremidades ósseas no foco da pseudoartrose são atróficas, lembrando uma ampulheta. Associada a manchas "café-com-leite", estigma de neurofibromatose. Em geral, a fíbula também está comprometida. Este tipo é o mais comum e também o de prognóstico menos favorável que em outros tipos de deformidade congênita, entre os quais se encontra o pé torto, este com bom prognóstico.
Na pseudoartrose da coluna lombar, há um estudo de John M. Larsen, MD, que indica que o melhor método de prevenção é o diagnóstico correto para indicação de cirurgia e uma técnica cirúrgica bastante criteriosa.
No tratamento destas fraturas, é essencial a reconstituição anatômica das superfícies articulares a fim de levá-las a sua condição original. Uma destruição cartilaginosa grave, ou uma superfície articular irregular, pode levar a uma artrite degenerativa precoce. A idade e o estado geral do paciente são dois importantes fatores que influenciam a velocidade de consolidação de uma fratura. Na criança, o fêmur fraturado pode consolidar-se em quatro semanas. A mesma fratura em um adolescente pode necessitar de 12 a 16 semanas para a sua consolidação, e numa pessoa de 60 anos pode demorar de 18 a 20 semanas. A presença de diabetes ou outras patologias, tais como a osteoporose, irá prolongar o período necessário para que ocorra a consolidação. Há necessidade de uso de certos medicamentos. como corticosteróides para alergias, ou para outras condições clínicas, podendo promover um efeito lentificado no processo de consolidação da fratura. Existe a pseudoartrose, termo usado para designar a não consolidação das extremidades ósseas. Além dos fatores ditos anteriormente, que lentificam o processo de consolidação, dois outros fatores podem influenciar o aparecimento da pseudoartrose: contaminação no foco da fratura em virtude de uma solução de continuidade na pele, e movimentação no foco de fratura. A contaminação é causada por material estranho, tecido desvitalizado, ou bactérias, sendo que todos inibem o processo de reparação e retardam ou impedem a consolidação cuidadosa. A manipulação dos tecidos desvitalizados e uso apropriado de antibioticoterapia podem diminuir a incidência de pseudoartrose nas fraturas expostas. A movimentação no foco de fratura é pelo menos uma das causas de pseudoartrose. A movimentação pode existir caso o gesso seja mal colocado, ou por dispositivos aplicados internamente, tais corno hastes ou placas. Esta é a razão de um princípio básico do manuseio da fratura: imobilizar o osso fraturado em um articulação acima e outra abaixo do foco de fratura, por um tempo adequado para a completa recuperação. Entretanto, a imobilização pode levar a uma diminuição da resistência muscular (atrofia) e óssea (osteopenia por desuso), por isso, o período de imobilização não deve ser maior do que o necessário para produzir a consolidação. Este período é determinado pelo controle radiográfico e pelo controle médico.
A imobilização promove a recuperação pela absorção do edema, permitindo a formação de uma vascularização ao redor da fratura que fornece um rico suprimento sanguíneo para nutrir o calo ósseo e, posteriormente, um osso novo.


Postado por: Sandy Hellen

sexta-feira, 12 de março de 2010

ARTROSE

Manifestação da doença nas mãos

"A artrose é um processo degenerativo de desgaste da cartilagem, que afeta sobre tudo as articulações que suportam peso ou as que fazem movimentos em excesso, como por exemplo as cadeiras, os joelhos ou os pés", destaca a Dra. Diana Dubinsky, médica reumatologista do Centro Antirreumático do Hospital de Clínicas, de Buenos Aires.

Esta doença vincula-se ao envelhecimento das articulações, ligado ao passar do tempo. Inicia-se, em geral, a partir dos 40 ou 45 anos. Porém, também pode aparecer de forma precoce como conseqüência de traumatismos ou problemas congênitos que afetem a articulação.

A artrose é uma doença reumática que degenera os tecidos e a cartilagem presente nas articulações.

Sintomas:
Dor;
Deformação articular e
Limitação de movimentos.

Também chamada de osteoartrose, ocorre principalmente nas articulações do joelho, coluna, quadril, mãos e dedos, também pode influenciar no aparecimento do bico de papagaio.

Tratamento:
Exercícios de alongamento;
De postura;
Fortalecimento muscular;
Fisioterapia;
Analgésicos e
Antiinflamatórios.

As articulações que sofrem com a doença devem ser mantidas aquecidas, pois no frio a tendência é que a dor seja mais forte e mais freqüente. Ao fazer caminhadas é importante parar para descansar se porventura houver a sensação de dor.


Fonte: brasilescola.com

Postado Por: Bruna Stéphanie

domingo, 7 de março de 2010

Lombalgia '

Este tipo de problema caracteriza-se por dor na coluna ao nível da cintura. Esta tembém pode se irradiar para as pernas e ir até o joelho. A coluna é composta por ossos (vértebras) , discos intervertebrais e por nervos chamados de raízes.Qualquer uma destas estruturas, quando afetadas, causa dor.

A causa destas dores pode estar relacionada à degeneraçao discal, à artrose facetária, à espondilolise e a espondilolistese.

Sintomas de dor lombar
Podemos sentir uma ampla variedade de sintomas nas costas. Pode-se sentir dor, queimação, pontadas, dor em faixa, e também um peso na região das costas, que pode descer pela coxa até o joelho. Associado a estes sintomas, podemos ter ainda fraqueza nas pernas ou nos pés. Durante o exame, a palpação da coluna lombar baixa pode ser muito dolorosa, revelando o local do problema. Não é necessário que haja um evento desencadeante para que se comece a ter dor nas costas: ficar em pé por tempo prolongado, sentado por longo período ou levantando algo pesado, são alguns dos motivos. Então subitamente, um movimento simples, como pegar algo do chão ou mesmo o simples fato de dobrar o corpo, pode desencadear sintomas dolorosos intensos.
A dor lombar pode ser aguda quando iniciou a pouco tempo (menos de um mês) ou então crônica se acontece há mais de 1 mês. Enquanto ter dor nas costas mais de uma vez é comum, ter dor crônica prolongada não é.

Opções de tratamento
Muitas dores lombares podem ser tratadas segura e efetivamente por métodos não cirúrgicos. As medicações para dor e as sessões de fisioterapia são utilizadas com sucesso para controle do quadro.
Hoje em dia disposmos de um arsenal de métodos terapêuticos não cirúrgicos para o tratamento da dor lombar crônica. São os métodos percutâneos como infiltrações, radiofreqüência e nucleoplastias.
Se os métodos não cirurgicos falham, o tratamento cirúrgico deve ser instaurado.
Através dos métodos minimamente invasivos, podemos utilizar o disco artificial, se não houver instabilidade, ou realizar uma estabilização dinâmica, ou ainda uma fusão vertebral (artrodese) para correção do segmento.

Tratamento não cirúrgico

- Medicações
- Fisioterapia
- Tratamento da dor

Tratamento cirúrgico
- Disco artificial (Artroplastia)
- Estabilização Dinâmica (Dinesys ,Isobar )
- Espaçador interespinhoso
- Fusão vertebral minimamente invasiva(Artrodese)

Fonte: Juliano Lhamby

Postado por: Bruna Stéphanie

sábado, 6 de março de 2010

Artrose ou Osteoartrite

Os ossos de uma articulação são mantidos em posição adequada, por ligamentos e tendões, que permitem apenas os movimentos normais. Os músculos são também determinantes na manutenção da estabilidade da articulação, sendo esta encerrada numa cápsula fibrosa, no interior da qual um fino véu, produz permanentemente uma pequena quantidade de liquido, designado como sinovial, que actua como lubrificante e nutriente da cartilagem. Numa articulação normal, os topos dos ossos que a compõem, estão cobertos por uma “capa “ de material elástico esbranquiçado, a cartilagem, que permite o deslizamento suave dos ossos e actua como uma almofada, que absorve o impacto dos ossos no movimento e em particular na carga. A artrose resulta da senescencia e conseqüente destruição progressiva dos tecidos que compõem a articulação, em particular a cartilagem, conduzindo à instalação progressiva de dor, deformação e limitação dos movimentos. No estabelecimento da artrose, começa por ocorrer uma deterioração da cartilagem, que perde a sua regularidade e elasticidade, o que diminui a sua eficácia e contribui para a sua destruição adicional com o uso repetido e a carga traumática. Com o tempo, grande parte da cartilagem pode desaparecer completamente. Na ausência de parte ou da totalidade da "almofada" da cartilagem, os ossos roçam directamente entre si, causando sensação de atrito (crepitação), certo grau de inflamação, dor e limitação de movimentos. Com a evolução no tempo, a articulação pode sofrer deformação visível ou palpável, cuja tradução mais comum são os osteofitos, conhecidos popularmente na coluna, por " bicos de papagaio “.Em fase evolutiva bastante avançada, fragmentos da cartilagem ou do osso subjacente, podem soltar-se para o interior da articulação e limitar ou mesmo bloquear os seus movimentos. Por outro lado, as estruturas de contenção passiva da articulação, como a cápsula articular e os ligamentos, colocadas sob tensão excessiva, podem-se inflamar, retrair ou mesmo romper. Estas alterações, que constituem uma importante causa de dor e incapacidade, podem ser adequadamente apoiadas e tratadas, quando a doença é detectada precocemente (diagnóstico precoce).

Fisiopatologia

Uma vez iniciada a doença, ela pode evoluir até a destruição da articulação, pode parar em qualquer ponto do processo evolutivo, ou, mesmo, em situações raras, pode reverter.
O achado inicial mais evidente é na cartilagem articular. A matriz demonstra perda em conteúdo de proteoglicano, os quais tem sua capacidade de agregação alterada e um aumento no teor de água. As cadeias de condroitinossulfato estão encurtadas e a composição dos glicosaminoglicanos é anormal.
O condrócito, que normalmente é uma célula aminótica, divide-se para formar clones celulares. Estas células aumentam a sua produção de colágeno tipo II e de proteoglicanos, numa tentativa de reparar o processo destrutivo da matriz. O turnover de DNA-RNA e a síntese enzimática estão aumentados. Quando a capacidade de síntese da matriz é menor do que a destruição, predomina o processo catabólico e a superfície da cartilagem perde a sua testura lisa, torna-se fibrilar, desenvolvendo fendas e erosões. Tais fendas estendem-se até o osso subcondral.
A superfícies articulares perdem a sua congruência. Enquanto isso acontece na cartilagem, o osso subcondral sofre alterações proliferativas. Essas ocorrem na margem das articulações e no assoalho das lesões cartilaginosas. Essa proliferação compromete a elasticidade e aumenta a rigidez do osso. O qual se torna mais sensível ao desenvolvimento de microfraturas. As microfraturas curam com formação de calos e mais rigidez óssea. Surgem osteófitos, luxações e instabilidade articular. Proliferação sinovial e sinovite ativa aparecem. As células da sinovia perto da periferia tornam-se metaplásicas e produzem osteófitos. Todos os elementos da articulação sofrem hipertrofia entre eles a cápsula, ligamentos, tendões e músculos.
O condrócito não só é a fonte dos principais componentes da matriz, como também é capaz de produzir que a degradam. Isso acontece de uma maneira acentuada no processo osteoartrítico. Entre essas enzimas são muito importantes as metaloproteases neutras, que em presença de ativadores plasmáticos, degradam a matriz cartilaginosa e permitem que catabólitos sejam liberados em liquido sinovial, provocando um processo inflamatório. Este processo, por as vez, aumenta a produção de enzimas proteolíticas, que se difundem de volta na cartilagem, aumentando a destruição. O condrócito aumentará a síntese de novas moléculas para recompor a matriz. Inicialmente ele obtém sucesso, mas quando o processo catabólico se acentua, o condrócito se esgota e a osteoartrose sobrevém.

Sintomas e Sinais:
- Dor e sensibilidade à mobilização, palpação ou manobras
- Crepitação palpável, excepcionalmente audível
- Espasmo e atrofia da musculatura articular satélite
- Limitação da amplitude articular, sem anquilose como regra
- Sinais discretos de inflamação articular, raramente acentuados
- Derrame articular, comumente relacionado com trauma ou uso excessivo da junta.

Tratamento fisioterápico:

As aplicações do calor ou do frio são recursos valiosos na prática da fisioterapia. Ambos constituem-se em recursos terapêuticos de grande valia no alívio da dor e na melhora da função articular. Atualmente não existe um consenso entre os profissionais de reabilitação sobre qual dos recursos terapêuticos empregar em pacientes com artrose avançada. A literatura é vasta em defender o uso tanto da crioterapia quanto do uso sistemático do calor, seja ele na forma de calor superficial ou profundo.
O uso do calor no tratamento de pacientes portadores de gonartrose é eficaz, pois têm a propriedade de alivia a dor, aumentar a flexibilidade dos tecidos músculo-tendíneos, diminuir a rigidez das articulações, melhora o espasmo muscular e a circulação.
Os efeitos terapêuticos da crioterapia são mais pronunciados pois através de pacotes ou o gelo em pinceladas se obtém os seguintes resultados: diminuição do espasmo muscular, alivio da dor, eficaz nos traumatismos (entorses, contusões, distensões musculares, etc.), previne o edema e diminui as reações inflamatórias.
As terapias usando o calor (termoterapia) e usando o frio (crioterapia) não levam à cura de nenhuma enfermidade, porém são instrumentos importantes que auxiliam no tratamento de várias patologias ortopédicas e neurológicas. São recursos que, quando aplicados adequadamente, reduzem o espasmo muscular e a sintomatologia dolorosa, preparando a região afetada para a aplicação de outras técnicas terapêuticas.

Referencias
http://www.copacabanarunners.net/artrose-tratamento.html

 Postado por: Sandy Hellen

Doença de Parkinson

É uma doença degenerativa do sistema nervoso central, lentamente progressiva, idiopática (sem causa conhecida), raramente acontecendo antes dos 50 anos, comprometendo ambos os sexos igualmente, se caracterizando por: Rigidez muscular; Tremor de repouso; Hipocinesia(diminuição da mobilidade); e Instabilidade postural.

Esta doença é insidiosa, podendo começar às vezes com um tremor, outras vezes com falta de mímica facial, diminuição do piscar, olhar fixo, movimentos lentos. Isso ocorre como resultado de degeneração celular no cérebro.

A voz poderá ser monótona, escorrendo com facilidade saliva pelos cantos da boca. A pele, principalmente a facial, é lustrosa, “graxenta” e seborréica.

A marcha fica vez mais difícil, com passos pequenos, arrastando os pés, com os braços encolhidos, tronco inclinado e, em casos avançados a pessoa aumenta a velocidade de marcha para não cair. Outras vezes, pode ficar parado com enorme dificuldade para se colocar em movimento.

Os tremores, que são involuntários, em uma ou em varias partes do corpo, se caracterizam pelos três “R”- Regular, rítmico e de repouso. Também se caracterizam por diminuir com os movimentos voluntários, se manifestando sobretudo nas mãos.

Como existe uma hipocinesia, que se caracteriza por um déficit dos movimentos automáticos, o paciente fica como que parado, estático, com os movimentos voluntários lentos, diminuindo a capacidade inclusive de escrever, ficando a letra pequena e a linguaguem monótona e às vezes ininteligível.


Diagnóstico

Os sintomas comuns são lentidão na marcha, distúrbio do equilíbrio, com quedas ocasionais ou dificuldades nos movimentos finos de manipulação, como vestir-se ou borbear-se. Podem estar incluídos dificuldades com movimentos específicos como escrever, virar na cama ou levantar-se de uma cadeira baixa e incapacidade de elevar a voz ou ter tosse produtiva.


Tratamento Fisioterapêutico

Embora a terapia farmacológica seja base do tratamento, a fisioterapia também é muito importante. Ela envolve os pacientes em seu próprio atendimento, promove o exercício, mantém ativos os músculos e preserva a mobilidade. Esta abordagem é particularmente benéfica quando o parkinsonismo avança, porque muitos pacientes tendem a permanecer sentados e inativos.

O tratamento consiste em treinamento das atividades mais difícies de serem executadas por cada pessoa, também é trabalhado a manutenção ou melhora das condições musculares, através de exercícios de alongamento e fortalecimento globais, além de exercícios posturais e de equilíbrio, todos eles associados a movimentos respiratórios, oferecendo ao paciente condições ideais ou próximas disso, para que possa realizar atividades mais facilmente. Em relação aos objetivos fisioterapêuticos, de maneira geral, é importante manter ou melhorar a amplitude de movimento em todas as articulações; retardar o surgimento de contraturas e deformidades; retardar a atrofia por desuco e a fraqueza muscular; promover e incrementar o funcionamento motor e a mobilidade; incrementar o padrão da marcha; melhorar as condições respiratórias, a expansibilidade pulmonar e a mobilidade torácica; manter ou aumentar a independência funcional das atividades de vida diária; melhorar a auto-estima.

As metas a longo prazo de um programa de fisioterapia são as seguintes: Retardar ou minimizar a progressão e efeitos dos sintomas da doença; impedir o desenvolvimento de complicações e deformidades secundárias; e manter ao máximo as capacidades funcionais do paciente.




Postado por: Sandy Hellen

sexta-feira, 5 de março de 2010

Cervicalgia

A cervicalgia costuma ser insidiosa, sem causa aparente. Mas raramente se inicia de maneira súbita, em geral está relacionada com movimentos bruscos do pescoço, longa permanência em posição forçada, esforço ou trauma e até mesmo alterações da ATM (articulação têmporo-mandibular). O paciente com cervicalgia geralmente relata uma melhora quando está em repouso e exacerbação da dor com o movimento.

Sintomas e sinais
O paciente com cervicalgia costuma adquirir uma atitude de defesa e rigidez dos movimentos ocorre também uma alteração na mobilidade do pescoço e a dor durante a palpação da musculatura do pescoço podendo também abranger a região do ombro e nos casos mais graves ou prolongados irradiando para todo o membro superior.
Em relação à dor, o paciente pode queixar-se desde uma dor leve local e uma sensação de cansaço, até uma dor mais forte e limitante. O braço, além de doer, pode apresentar alterações de sensibilidade e força muscular, são as chamadas “alterações neurológicas”.
O paciente refere adormecimento de alguma área ou de todo o membro, podendo ser contínua ou desencadeada por algum fator. A fraqueza muscular acontece em casos mais graves ou prolongados sendo geralmente progressiva. Podem existir também alterações nos reflexos encontrados em algumas inserções musculares no punho, cotovelo e ombro nos casos mais graves.

Causas da Cervicalgia
As cervicalgias podem ser decorrentes, de desordem mecânica, fatores posturais e ergonômicos ou ao excesso de sobrecarga dos membros superiores. A dor cervical resulta em perda na produtividade importante em certas ocupações e a maior predisposição de lesão associa-se a certos tipos de atividades e à idade. A cervicobraquialgia caracteriza-se por dor cervical com irradiação para membro superior, normalmente devido à compressão da raiz nervosa proveniente da região cervical sub-axial. Trabalhos que envolvam movimentos repetitivos de membros superiores e flexão da coluna cervical estão relacionados à dor cervical.


Diagnóstico e exames
O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando em conta as características dos sintomas e o resultado do exame neurológico. Exames como raio-x, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna está localizada


Tratamento
RMA da Coluna Vertebral

É um programa fisioterapêutico que utiliza técnicas de Fisioterapia Manual, mesa de tração eletrônica, mesa de descompressão dinâmica. Estabilização Vertebral e Exercícios de Musculação. Ele visa melhorar o grau de mobilidade músculo-articular, diminuir a compressão no complexo disco vértebras e facetas, dando espaço para nervos e gânglios, fortalecer os músculos profundos e posturais da coluna vertebral através de exercícios terapêuticos específicos enfatizando o controle intersegmentar da coluna lombar, cervical, quadril e ombro.
Etapas do tratamento

Fisioterapia Convencional


Fonte:ITC
                       Postado por:Liane Romeu

segunda-feira, 1 de março de 2010

Espondilite Anquilosante

Trata-se de uma doença inflamatória crônica sistêmica que compromete preferencialmente a coluna vertebral, podendo também afetar as articulações periféricas (ombros, coxofemorais, etc.). Faz parte do grupo das espondiloartropatias.
O processo inflamatório acomete as articulações interapofisárias posteriores, cartilagíneas, a inserção dos tendões e ligamentos no periósteo (entesis), ossificação subligamentar em qualquer região da coluna, em especial na transição dorsolombar, dando origem aos sindesmófitos (pontes ósseas entre os corpos vertebrais).

O resultado desse processo pode ser o enrijecimento em qualquer região da coluna, a anquilose fibrosa e óssea, com imagem radiológica de aspecto de "coluna em bambu". Acomete preferencialmente o sexo masculino, com idade de início habitual dos 16 aos 30 anos, porém existem relatos de início na infância.

Diagnóstico

Existem vários aspectos a ser analisado para o seu diagnóstico.
1. Dor lombar por um mínimo de três meses, que piora com o repouso e melhora com os exercícios;
2. Limitação dos movimentos da coluna lombar nos planos frontal e sagital;
3. Redução da expansibilidade do tórax;
4. Sacroileíte bilateral, com ou sem anquilose;
5. Sacroileíte unilateral.

Entre as formas de apresentação, classificadas clínica e radiologicamente temos:
• Clássica: dor lombar inflamatória, observando-se ao estudo radiológico sacroileíte e alterações da coluna lombar;
• Espinal: acomete somente coluna lombar, poupando a articulação sacroilíaca;
• Clínica: as radiografias simples são normais;
• Assintomática: sem manifestações clínicas e radiografias simples com sinais de sacroileíte;
• Associada: relacionadas a outras espondiloartropatias.

Quadro Clínico

O paciente apresenta dor lombar baixa ou na transição dorsolombar, de início insidioso, às vezes agudo, de difícil localização, definindo-se em seguida na região lombar ou na articulação sacroilíaca. A dor tem intensidade variável, geralmente com piora noturna e, pela manhã ou após períodos de inatividade. Melhora com exercícios e banhos quentes. Esta associada à rigidez vertebral podendo persistir por três ou mais meses. Pode apresentar dificuldade em sair da cama, e às vezes o paciente acorda com dor durante o sono. A dor pode estender-se à coluna dorsal ou cervical, ou ficar restrita a um segmento. Existem casos pouco sintomáticos, porém com rigidez vertebral. As manifestações clínicas da coluna vertebral podem ser precedidas por sintomas constitucionais como febrícula, falta de apetite, fadiga e fraqueza sendo que estes são presentes com maior freqüência na forma juvenil. Também podem ser acometidas as articulações periféricas, em especial joelhos e tornozelos, de forma assimétrica, podendo preceder o envolvimento da coluna vertebral.
Destaca-se a talalgia (dor nos calcanhares) entre as entesopatias.
Ao exame específico pode-se observar limitação do arco de movimento da coluna podendo associar-se a atitudes viciosas, como a "posição do esquiador". A manobra de Schöber é positiva.
A espondilodiscite (inflamação do disco e do corpo vertebral) encontrada em 5 a 6% dos casos e raramente se observa mielopatia (inflamação da medula espinal) e ou fratura vertebral na região cervical (C5/C6 e C6/ C7) e lesão crônica de cauda eqüina.
Entre as manifestações extra-articulares citamos: o acometimento ocular, uveíte anterior aguda que ocorre em 25 a 30% dos pacientes, podendo inclusive preceder o quadro articular ou manifestar-se em períodos de inatividade clínica. O acometimento cardíaco é observado em 1% dos casos, distúrbios da condução átrio ventricular e acometimento da artéria aorta, junto à válvula aórtica. No acometimento dos pulmões fibrose apical em raros casos e cavitação pulmonar por aspergilose. Lesões da mucosa intestinal podem ser evidenciadas pela colonoscopia. Amiloidose nos casos de longa evolução, particularmente a nefropatia (lesão dos rins) por IgA.

Exames Subsidiários

Laboratório
Imagem:Radiografia (das articulações sacro ilíacas, periféricas e da coluna), Tomografia,Ressonância Magnética e Mapeamento ósseo

Tratamento

Medicação
Podem ser receitados analgésicos e antiinflamatórios não-esteróides.
Cirurgia
Pode ser realizados procedimentos cirúrgicos, particularmente para reposição das articulações dos joelhos e quadril.
Reabilitação
Orientação doméstica quanto a postura, para se evitar vícios, exercícios respiratórios e localizados para membros, e de extensão para a coluna. A fisioterapia regular é essencial no tratamento deste paciente. Ocorre continuamente deposito de tecido fibroso, como resultado de uma grande inflamação e a fisioterapia regular com um programa de exercícios monitorizados, "molda" o tecido fibroso ao longo das linhas de pressão que não restringem os movimentos do paciente.
O objetivo do trabalho da fisioterapia é: aliviar a dor; minimizar deformidades; mobilizar as articulações que foram afetas e reassumir a forma física.

Exercícios adequados

- Deitado: relaxamento fisiológico. Praticar tendo a sensação de uma posição de coluna vertebral estendida reta. Empurrar braços e pernas para o assoalho (isometria para quadríceps, glúteos e extensores da coluna lombar).
- Deitado com o joelho fletido: rolar os joelhos de um lado para o outro. Levar o braço direito para cima e para baixo, virar a cabeça para ver a mão, repetir com a esquerda. Exercícios de respiração profunda com mãos sobre o abdômen superior (encorajar o uso total do diafragma). Fazer movimentos de antero e retro versão.
- Deitado em decúbito ventral: levantar e abaixar os membros inferiores estendidos, alternando as pernas e depois com ambas. Mãos presas atras das costas, impulsionas as mãos na direção dos pés com a cabeça e ombros se elevando e relaxando. Colocar as mãos no assoalho, elevar a cabeça e os ombros (andar levando as mãos para a direita e depois para a esquerda).
- Sentado: estirar a cabeça e o pescoço para cima (correção da postura). Mãos sobre os ombros, virar o tronco de um lado para o outro. Prender as mãos, fletir e girar para tocar o pé direito, estirar para cima e para trás para a esquerda, olhando as mãos, repetir do outro lado. Cabeça e pescoço virando de um lado para o outro.
- Em pé: mãos nos ombros, tronco virando de um lado para o outro. Respiração profunda. Tronco virando de um lado para o outro

Evolução e Prognóstico

A evolução é favorável na maioria dos casos, sendo que quando houver acometimento das articulações coxofemorais e da coluna cervical o curso evolutivo é pior. As mulheres e formas de início mais tardio costumam apresentar melhor evolução. As deformidades são observadas num período de 10 anos ou mais de evolução. A mortalidade, ainda que baixa, geralmente ocorre na compressão medular resultante de sub luxação da articulação atlas-axis e na insuficiência renal devido a nefropatia por amiloidose.

Fonte: Dr. Stenio Guilherme Vernasque da Silva

                                    Postado por: Suênia Peixoto