" Viver apenas um dia ou ouvir um bom ensinamento é melhor
do que
viver um século sem conhecer tal ensinamento. "


sábado, 13 de março de 2010

Espondilite Anquilosante

 A espondilite anquilosante é um tipo de inflamação que afeta os tecidos conectivos, caracterizando-se pela inflamação das articulações da coluna e grandes articulações, como os quadris, ombros e outras regiões. Embora não exista cura para a doença, o tratamento precoce e adequado consegue tratar os sintomas - dor e inflamação, estacionar a progressão da doença, manter a mobilidade das articulações acometidas e manter uma postura adequada.
A espondilite anquilosante caracteriza-se pelo surgimento de dores na coluna de modo lento ou insidioso durante algumas semanas, associadas à rigidez matinal da coluna e diminui de intensidade durante o dia. A dor persiste por mais de três meses, melhora com exercícios e piora com repouso.
No início, a espondilite anquilosante costuma causar dor nas nádegas, possivelmente se espalhando pela parte de trás das coxas e pela parte inferior da coluna. Essa dor tem origem nas articulações sacroilíacas. Alguns pacientes se sentem doentes de uma forma geral - sentem-se cansados, perdem apetite e peso e podem ter anemia.
A inflamação das articulações entre as costelas e a coluna vertebral pode causar dor no peito, que piora com a respiração profunda, sentida ao redor das costelas, podendo ocorrer diminuição da expansibilidade do tórax durante a respiração profunda.
O diagnóstico da doença é baseado no conjunto de sintomas e no raio X da coluna e das juntas afetadas. O médico faz um histórico e examina as costas (procurando por espasmos musculares, com atenção para a postura e mobilidade) e examinará as outras partes do corpo, procurando pelas evidências da espondilite anquilosante.
As alterações características estão nas juntas sacroilíacas, mas podem levar alguns meses para se desenvolver, podendo não ser notadas na primeira consulta.

Tratamento

Não há cura para a espondilite anquilosante e, embora a doença tenda a ser menos ativa conforme a idade avança, o paciente deve estar consciente de que o tratamento deve durar para sempre. O tratamento objetiva o alívio dos sintomas e a melhora da mobilidade da coluna onde a mesma tenha diminuído, permitindo ao paciente ter uma vida social e profissional normal. O tratamento engloba o uso de medicamentos, fisioterapia, correção postural e exercícios, que deve ser adaptado a cada paciente.
O propósito dos exercícios é conscientizar o paciente de sua postura, especialmente com relação às sua costas, e encorajar o movimento livre de algumas juntas, particularmente ombros e quadris. É importante fortalecer os músculos, pois o movimento reduzido, mesmo por um curto período de tempo, os enfraquece, podendo levar muito tempo para reconstruí-los.
Além dos exercícios, é importante que o paciente consulte um fisioterapeuta para aprender uma rotina de exercícios que poderá praticar todos os dias. Com essa rotina o paciente terá alívio das dores, diminuição das inflamações e das contraturas, manutenção da postura, manutenção das funções articulares e evitar deformidades atróficas.

Referencias:


Postado por: Sandy Hellen

Pseudoartrose


Pseudoartrose é a não consolidação de uma fratura. Também definida como falsa articulação, a pseudoartrose caracteriza-se então pela falta de consolidação óssea em relação a uma fratura ou mesmo a uma artrose.
A pseudoartrose não é uma doença rara, embora não seja tão conhecida da população. Ao contrário, ela é bastante comum e é alvo de inúmeros estudos na área científica, entre eles, por exemplo, a deficiência femoral proximal, que é dividida em vários tipos. No Tipo A de deficiência femoral proximal, segundo a classificação de Aitken, verificou-se que o osso se encontra acentuadamente angulado, podendo haver uma pseudoartrose. No Tipo B da classificação de Boyd (tíbia - displásica), ocorre com um encurvamento anterior. A fratura ocorre espontaneamente ou após um trauma mínimo antes dos dois anos de idade. As extremidades ósseas no foco da pseudoartrose são atróficas, lembrando uma ampulheta. Associada a manchas "café-com-leite", estigma de neurofibromatose. Em geral, a fíbula também está comprometida. Este tipo é o mais comum e também o de prognóstico menos favorável que em outros tipos de deformidade congênita, entre os quais se encontra o pé torto, este com bom prognóstico.
Na pseudoartrose da coluna lombar, há um estudo de John M. Larsen, MD, que indica que o melhor método de prevenção é o diagnóstico correto para indicação de cirurgia e uma técnica cirúrgica bastante criteriosa.
No tratamento destas fraturas, é essencial a reconstituição anatômica das superfícies articulares a fim de levá-las a sua condição original. Uma destruição cartilaginosa grave, ou uma superfície articular irregular, pode levar a uma artrite degenerativa precoce. A idade e o estado geral do paciente são dois importantes fatores que influenciam a velocidade de consolidação de uma fratura. Na criança, o fêmur fraturado pode consolidar-se em quatro semanas. A mesma fratura em um adolescente pode necessitar de 12 a 16 semanas para a sua consolidação, e numa pessoa de 60 anos pode demorar de 18 a 20 semanas. A presença de diabetes ou outras patologias, tais como a osteoporose, irá prolongar o período necessário para que ocorra a consolidação. Há necessidade de uso de certos medicamentos. como corticosteróides para alergias, ou para outras condições clínicas, podendo promover um efeito lentificado no processo de consolidação da fratura. Existe a pseudoartrose, termo usado para designar a não consolidação das extremidades ósseas. Além dos fatores ditos anteriormente, que lentificam o processo de consolidação, dois outros fatores podem influenciar o aparecimento da pseudoartrose: contaminação no foco da fratura em virtude de uma solução de continuidade na pele, e movimentação no foco de fratura. A contaminação é causada por material estranho, tecido desvitalizado, ou bactérias, sendo que todos inibem o processo de reparação e retardam ou impedem a consolidação cuidadosa. A manipulação dos tecidos desvitalizados e uso apropriado de antibioticoterapia podem diminuir a incidência de pseudoartrose nas fraturas expostas. A movimentação no foco de fratura é pelo menos uma das causas de pseudoartrose. A movimentação pode existir caso o gesso seja mal colocado, ou por dispositivos aplicados internamente, tais corno hastes ou placas. Esta é a razão de um princípio básico do manuseio da fratura: imobilizar o osso fraturado em um articulação acima e outra abaixo do foco de fratura, por um tempo adequado para a completa recuperação. Entretanto, a imobilização pode levar a uma diminuição da resistência muscular (atrofia) e óssea (osteopenia por desuso), por isso, o período de imobilização não deve ser maior do que o necessário para produzir a consolidação. Este período é determinado pelo controle radiográfico e pelo controle médico.
A imobilização promove a recuperação pela absorção do edema, permitindo a formação de uma vascularização ao redor da fratura que fornece um rico suprimento sanguíneo para nutrir o calo ósseo e, posteriormente, um osso novo.


Postado por: Sandy Hellen