" Viver apenas um dia ou ouvir um bom ensinamento é melhor
do que
viver um século sem conhecer tal ensinamento. "


quarta-feira, 21 de abril de 2010

“A apoptose e sua importância na fisiopatologia dos sistemas biológicos"

A apoptose é um tipo de morte celular programada que é controlada por uma rede protéico-celular complexa e altamente especializada. Durante a apoptose a célula passa por mudanças morfológicas marcantes que incluem a condensação da cromatina, fragmentação do DNA e da membrana nuclear, formação de corpos apoptóticos e ausência de inflamação. Mantendo a integridade do organismo como um todo.


A apoptose é um fenômeno que pode ocorrer tanto durante o desenvolvimento embrionário quanto durante a vida adulta. No sistema nervoso, por exemplo, sabe-se que a geração e eliminação de neurônios faz parte do desenvolvimento normal. Em vertebrados, este fenômeno vem sendo muito estudado observando projeções axo-dendríticas e a conseqüente inervação da célula alvo. Nestes estudos os neurônios competem com o alvo e aquele que conseguir consolidar a sua sinapse primeiro sobreviverá, os demais serão eliminados por apoptose. Este tipo de morte durante o desenvolvimento é de vital importância para formação do sistema nervoso central e periférico, proporcionando a forma anatômica e controlando a população e atividade celular.
Durante o desenvolvimento embrionário do sistema nervoso, uma das formas de se controlar a sobrevivência neuronal é regular a disponibilidade de neurotrofinas. As neurotrofinas são moléculas protéicas da família do fator de crescimento de nervo (NGF). Esta neurotrofina, o NGF, apresenta uma ação dual que depende do subtipo de receptor no qual ele pode se ligar.
As ações tróficas do NGF, incluindo a inibição da morte celular programada, dependem da ativação de receptores de alta afinidade ao ligante, os receptores tirosina cinase inseridos na membrana celular (Trk A). Porém, neurônios que expressam o receptor de baixa afinidade ao NGF, os receptores p75NTR (um membro da família de receptores do fator de necrose tumoral (TNF) e do receptor faz), por exemplo, podem ser conduzidos a morte celular por apoptose. Além disso, estudos recentes mostram que o NGF não processado, o próNGF, liga-se preferencialmente ao receptor p75NTR do que ao Trk A, e esta ligação seletiva leva a morte celular por apoptose. Com a descoberta de que o próNGF pode ativar o receptor p75NTR, novos estudos surgiram mostrando que a capacidade de uma célula controlar os níveis de próNGF e NGF é um fator crítico na manutenção entre a vida e a morte.

Além do seu papel durante o desenvolvimento, o receptor p75NTR também é de vital importância na manutenção da vida adulta. A expressão deste receptor pode ser induzida em neurônios que estão morrendo por processos isquêmicos, agentes tóxicos, neurônios axotomizados, entre outras formas de se induzir a morte. Assim, os estudos indicam que a ativação do receptor p75NTR poderia ser um dos primeiros passos que iniciam a apoptose após estes fenômenos de lesão. Além disso, a molécula ligante próNGF poderia estar envolvida no surgimento e no processo de doenças neurodegenerativas. Segundo Fahnestock, M e col. (2001) o próNGF é a forma predominante do NGF no cérebro humano e está aumentada durante a doença de Alzheimer. Porém os mecanismos que fazem com que o próNGF e o p75NTR induzam a apoptose não estão completamente esclarecidos.
Entretanto, Nykjaer, A e col. (2004) mostraram, em seus estudos realizados com células parentais 293 transfectadas, que as neurotrofinas usam não somente dois, mais três classes de receptores distintos para regular as respostas biológicas de morte e sobrevivência. Eles mostraram que a sortilina é um importante receptor para neurotrofina ligando-se na subunidade pró do próNGF com alta afinidade. Junto com o p75NTR, a sortilina facilita a formação do complexo de alta afinidade para o próNGF se ligar. Então a sortilina serve como um co-receptor e trocador molecular, capacitando neurônios que expressam os receptores Trk A e p75NTR a responder para a neurotrofina e iniciar processos de sobrevivência ou morte, dependendo do complexo que os receptores vão formar na membrana.

A partir da ativação destes receptores de morte dá-se início então a uma cascata proteolítica intracelular. Para isso a célula possui uma família de proteases que contém em sua estrutura molecular uma cisteína no seu sítio ativo, que é capaz de clivar seus alvos protéicos em sítios contendo ácido aspártico. Estas proteínas são chamadas de caspases. As caspases são sintetizadas na célula como precursores inativos, ou pró-caspases, que são geralmente ativadas pela clivagem em regiões ácido aspártico por outras caspases. Uma vez ativadas, as caspases clivam e ativam outras pró-caspases, resultando em um efeito em cascata proteolítico amplificado e irreversível.

A ativação de pró-caspases pode ser originada no meio extracelular ou no meio intracelular.

No meio extracelular, além da ativação dos receptores p75NTR , a célula pode expor receptores de morte do tipo faz, por exemplo, que podem recrutar proteínas adaptadoras intracelulares que ligam e agregam moléculas de pró-caspase-8. A caspase-8 ativada pode induzir a clivagem de outras pró-caspases culminando na morte celular.

No meio intracelular, a morte celular pode ser controlada pela mitocôndria. A mitocôndria é uma organela essencial para manutenção da função e viabilidade celular. Ela participa tanto na promoção de vida participando do metabolismo energético, fornecendo ATP para as funções enzimáticas, quanto na promoção de morte, durante a apoptose. No caso da apoptose, a via mitocondrial é uma das mais importantes vias de morte celular, sendo capaz de iniciar e/ou amplificar o sinal apoptótico. Este processo de morte via mitocôndria tem como início a liberação do citocromo c do espaço intermembranar mitocondrial, este carreador de elétrons se liga e ativa uma proteína adaptadora chamada de Apaf-1 levando a ativação de pró-caspases.

A liberação do citocromo c da mitocôndria pode ser regulada por uma família de proteínas chamadas de Bcl-2. Alguns membros desta família inibem a apoptose bloqueando a liberação do citocromo c da mitocôndria. Outros membros da família Bcl-2 não são inibidores de morte, mas promovem a ativação de pró-caspases. Alguns desses promotores de apoptose, bem como a Bax e Bak, estimulam a liberação do citocromo c da mitocôndria. Estas evidências foram comprovadas através de experimentos que inativaram os genes que decodificam a Bax e a Bak, tendo como resultado células resistentes à maioria dos estímulos que induzem a apoptose. A importância do conhecimento dos mecanismos de morte celular poderia então trazer novas esperanças para o tratamento de doenças neurodegenerativas como Parkinson, Alzheimer, Esclerose Múltipla e Miastenia Grave, por exemplo.

Até o momento, a maioria das evidências apontava para uma ação das caspases somente em fenômenos apoptóticos, porém pesquisas recentes têm mostrado que estas proteínas podem estar envolvidas em outros fenômenos, como por exemplo, na inibição da proliferação de células T, inibição da produção de interleucina-2, entre outras. Assim o entendimento da atividade destas proteínas seria de vital importância para o tratamento de doenças autoimunes e linfomas por exemplo.

Essa é uma pequena amostra de como uma falha mínima no programa de morte que toda a célula carrega pode levar a uma doença e, às vezes, à morte do indivíduo. Mas é suficiente para justificar todo o esforço realizado para que cada participante, cada etapa e cada arma do misterioso suicídio celular sejam revelados. Qualquer descoberta é importante para a criação de novas terapias e métodos de prevenção, que poderão evitar ou tratar com sucesso inúmeras doenças hoje incuráveis.

Fonte: Dr. Guilherme Rapozeiro França

Postado Por: Bruna Stéphanie

domingo, 18 de abril de 2010

' Cotovelo de Tenista

Os dois tipos de cotovelo de tenista – por backhand e por forehand – causam dor em diferentes áreas do cotovelo e do antebraço.


Cotovelo de Tenista por Backhand
O cotovelo de tenista por backhand (epicondilite lateral) é a lesão dos tendões responsáveis pela flexão dorsal do punho (para trás), causando dor nas faces posterior e lateral do antebraço. Os músculos do antebraço, os quais inseremse na parte lateral do cotovelo, tornam-se inflamados quando uma tensão excessiva é exercida sobre o ponto de inserção. O cotovelo de tenista por backhand é mais freqüentemente evidente durante uma devolução com um backhand. A força da raquete ao rebater a bola pode lesar os tendões no momento em que eles rodam sobre a extremidade do cotovelo.
Os fatores que aumentam a probabilidade de ocorrer um cotovelo de tenista por backhand incluem o uso de golpes de backhand inadequados, a fraqueza da musculatura do ombro e do punho, o uso de uma raquete de cabo curto ou com cordas excessivamente estiradas e os atos de golpear a bola fora do centro da raquete e de golpear bolas molhadas e pesadas. O primeiro sintoma é a dor durante um golpe de backhand ou outros movimentos repetidos similares. A dor é sentida ao longo das faces lateral e posterior do cotovelo e do antebraço (mesmo lado do polegar), quando a mão encontra- se ao longo do corpo e o polegar distante do corpo. A continuação da partida pode estender a área dolorosa, do cotovelo até o punho, com o tenista apresentando dor mesmo em repouso.
O cotovelo dói quando o indivíduo coloca o braço e a mão com a palma voltada para baixo sobre uma mesa e tenta levantar a mão contra uma resistência flexionando o punho. O tratamento consiste em evitar qualquer exercício que cause dor. Para manter o condicionamento físico e em substituição ao tênis, podem ser praticados esportes que não utilizam o punho de modo importante como, por exemplo, o jogging, o ciclismo, o basquetebol ou mesmo o frescobol ou o squash (nos quais a bola choca-se contra a raquete com menor força que no tênis). À medida em que o quadro melhora, podem ser iniciados os exercícios de fortalecimento. Geralmente, todos os músculos que flexionam e estendem o punho devem ser fortalecidos.

Fortalecimento dos Músculos do Punho

Para o cotovelo de tenista por backhand
1. Sente-se numa cadeira próximo a uma mesa. Coloque o antebraço lesado sobre a mesa, com a palma da mão voltada para baixo, o cotovelo estendido e o punho e a mão pendendo na borda da mesa. Lentamente, eleve e abaixe a mão, flexionando e estendendo o punho. Repita dez vezes. Repouse por um minuto e, em seguida, realize mais duas séries de dez. Se o exercício causar dor, pare imediatamente e tente novamente no dia seguinte. Realize esse exercício em dias alternados. Aumente o peso à medida que o exercício for se tornando mais fácil.

2. Com a palma da mão voltada para cima, segure um pedaço de madeira (com o diâmetro de um cabo de vassoura) com um peso de 500 g amarrado a ele com o auxílio de um cordão adequado. Levante o peso. Repita dez vezes. Interrompa o exercício se sentir qualquer dor. Realize esse exercício em dias alternados. Aumente o peso gradualmente, mas não aumente o número de repetições.

Para o cotovelo de tenista por forehand
1.
Sente-se numa cadeira próxima a uma mesa. Coloque o antebraço lesado sobre a mesa, com a palma da mão voltada para cima e o punho e a mão pendendo na borda da mesa. Lentamente, eleve e abaixe a mão, flexionando e estendendo o punho. Repita dez vezes. Repouse por um minuto e, em seguida, realize mais duas séries de dez. Se o exercício causar dor, pare e tente novamente no dia seguinte. À medida que o exercício for se tornando mais fácil, aumente o peso.

2. Com a palma da mão voltada para cima, segure um pedaço de madeira (com o diâmetro de um cabo de vassoura) com um peso de 500 g amarrado a ele com o auxílio de um cordão adequado. Levante o peso. Repita 20 vezes. Interrompa o exercício se ele provocar dor. Aumente o peso gradualmente, mas não aumente o número de repetições. 3. Várias vezes ao dia, aperte suavemente uma bola de esponja macia e, em seguida, relaxe.

Cotovelo de Tenista por Forehand
O cotovelo de tenista por forehand (cotovelo do jogador de beisebol, cotovelo do carregador de mala, epicondilite medial) é a lesão dos tendões responsáveis pela flexão palmar da mão (para frente), causando dor na face anterior do antebraço em direção ao punho. Esta lesão ocorre quando é realizada a flexão palmar da mão com uma força excessiva. Os fatores que produzem essa força incluem a fraqueza da musculatura do ombro ou da mão; servir com muita força durante uma partida de tênis; servir utilizando um golpe com spin; golpear bolas molhadas e pesadas; utilizar raquetes pesada demais, com uma cabo muito curto ou com um encordoamento muito tenso; rebater bolas de beisebol; arremessar dardos e carregar malas pesadas. Continuar a se exercitar mesmo com dor pode provocar o descolamento dos tendões do osso e causar sangramento.
O principal sintoma é a dor ao longo do cotovelo e do antebraço (na face anterior) durante a flexão palmar, contra uma resistência ou ao apertar uma bola de borracha dura. Para confirmar o diagnóstico, o médico solicita ao paciente que ele se sente em uma cadeira, com o braço lesado repousando sobre uma mesa e a palma da mão voltada para cima. O médico imobiliza o punho e pede ao paciente que ele eleve a mão flexionando o punho. O paciente com cotovelo de tenista por forehand sente dor no cotovelo. O indivíduo não deve realizar qualquer atividade que cause dor quando é realizada a flexão palmar ou a rotação do punho de modo que o quinto quirodáctilo (dedo mínimo) fique próximo do corpo. Após a cura da lesão, o jogador de tênis deve fortalecer os músculos do punho e do ombro, assim como os músculos lesados.

Fortalecimento dos Ombros
Banco de pesos
Deite-se de costas. Use um banco especial ou solicite ajuda de um observador para retirar o peso no final do exercício. Sustentar a barra com os polegares voltados um para o outro. Levantar e abaixar lentamente o peso a partir do peito. Realize três séries de dez repetições, interrompendo o exercício imediatamente caso sentir dor. À medida que a sua força for aumentando, aumente o peso. Atenção! O exercício deve ser iniciado com um peso muito leve, pois este força os músculos lesados.

Fonte: Manual Merck

Postado por: Bruna Stéphanie

quinta-feira, 15 de abril de 2010

' Sídromes da Deleção

Em algumas crianças, pode faltar parte de um cromossomo. A rara síndrome do cri du chat (síndrome do miado do gato, síndrome do 5p-) é um exemplo. As crianças com esta síndrome apresentam um choro muito agudo que lembra o miado de um gatinho. Este choro é percebido imediatamente após o nascimento, dura várias semanas e, em seguida, desaparece.
Normalmente, uma criança com esta síndrome apresenta baixo peso ao nascimento e cabeça pequena, com uma face assimétrica e boca que não se fecha adequadamente. Algumas apresentam uma face redonda (moon face, cara de lua) com os olhos separados. O nariz pode ser largo, e as orelhas podem apresentar uma implantação baixa e forma anormal. O pescoço pode ser curto. Elas podem apresentar uma pele adicional entre os dedos (dedos palmados). Os defeitos cardíacos são comuns. Freqüentemente, a criança parece flácida e apresenta um retardo físico e mental importante. Apesar dessas anomalias, muitas crianças com síndrome do cri du chat sobrevivem até a vida adulta.
Uma outra síndrome de deleção, denominada síndrome do 4p-, é similar mas extremamente rara. O retardo mental é acentuado. Podem ocorrer vários defeitos físicos.
Muitas crianças com esta síndrome morrem durante a infância e as poucas que sobrevivem até a segunda década de vida apresentam deficiências graves e maior risco de infecções e epilepsia.

A Síndrome de Wolf-Hirschhorn, também conhecida como síndrome 4p-, é uma desordem genética causada pela deleção de parte do braço curto do cromossomo 4. Os portadores da síndrome possuem um retardo mental grave, microcefalia, Hipotonia (baixa musculatura), palato (céu da boca) profundo em consequência de fissuras congênitas do lábio superior. Possuem características faciais aparentes como o estrabismo, queixo pequeno e assimetria craniana (crânio despoporcional). Ocasionalmente pode ocorrer defeitos do coração, escoliose, dentes fundidos, perda de audição, atraso no crescimento ósseo, e/ou anomalias renais.

Fonte: Fisionet.com.br

Postado por: Bruna Stéphanie

' FIBROMIALGIA

É uma síndrome dolorosa, de causa desconhecida, que acomete preferivelmente as mulheres com idade entre 40 a 60 anos e se caracteriza por dores difusas, sendo estes sintomas influenciados por alterações climáticas, estresse emocional, grau de atividade física, etc.
O Colégio Americano de Reumatologia definiu em 1990, critérios para a classificação da fibromialgia que inclui dor músculo-esquelética difusa e presença de onze pontos dolorosos(tender points) entre as dezoito áreas a serem pesquisadas.
FIBROMIALGIA possui sintomas em comum com a SÍNDROME DE DOR MIOFACIAL.
Pacientes com fibromialgia e com a sindrome de dor miofascial têm aspectos comuns entre eles: a dor musculoesqueletica crônica. Em ambas os casos são propostos tratamentos para diminuir a dor e melhorar a função, porém as estratégias são diferentes.
Os trigger points (pontos dolorosos) são comuns na Sindrome Miofacial e são tratados localmente com injeções, sprays e alongamento; técnicas de liberação miofasciais; alongamento e resistência e exercícios posturais específicos nas regiões envolvidas.
Na fibromialgia, os tender points (pontos dolorosos) são tratados com remédios sistêmicos incluindo medicação oral, alongamento global, condicionamento aeróbico e trabalho cognitivo-comportamental.

TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
O tratamento é sempre proposto após realização de avaliação cuidadosa e procura-se preservar a globalidade. Os objetivos do tratamento são:
· Eliminação da dor
· Restauração da amplitude de movimento e da flexibilidade
· Melhorar a qualidade de vida
· Promover trabalho educativo - é importante educar o paciente de forma que ele possa prevenir ou lidar com as possíveis crises e também bloquear os fatores perpetuantes ou precipitantes.

Proposta tratamento
* Dor localizada (tender points) - laser, TENS, massoterapia, hidroginástica, bolsas de água quente.
* Fadiga: programas de condicionamento físico, caminhadas.
* Dores musculoesqueléticas difusas, cefaléia crônica, rigidez matinal, parestesias: exercícios globais, exercícios de alongamento, caminhadas, hidroginástica, natação, etc.

Fonte: http://www.dornascostas.com.br/

Postado por: Bruna Stéphanie

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Vertebroplastia



A vertebroplastia percutânea é um tratamento minimamente invasivo para fracturas vertebrais por osteoporose ou tumores, com o objectivo de reduzir a dor e fortalecer a estrutura óssea. Consiste na injeção por meio de uma agulha introduzida no interior da vértebra fraturada de um cimento acrílico (o polimetilmetacrilato). O procedimento é realizado sob radioscopia, o que permite ao médico localizar o corpo vertebral afetado e injectar em seu interior o cimento com precisão, evitando assim um procedimento cirúrgico a céu aberto, muito mais agressivo.

Há uma melhora significativa ou desaparecimento da dor na maioria dos pacientes após 48 horas, permitindo uma alta hospitalar precoce e retorno as suas actividades normais em quatro a cinco dias. Esse efeito rápido pode ser explicado por reações térmicas, químicas e fatores mecânicos (estabilização da fratura após injeção do cimento, o que reduz os movimentos) e ainda à redução de estímulos nervosos relacionados à transmissão da dor, sendo esse o mecanismo mais provável de melhora. Este procedimento não corrige a perda óssea nem restitui a sua anatomia original. No caso de metástases de tumores o seu resultado é mais reservado.

O tratamento convencional para essas fracturas inclui a analgesia, repouso e uso de coletes ortopédicos, o que em pacientes idosos favorece o desencadeamento de infecções pulmonares e eventos tromboembólicos, quando os mesmos permaneciam acamados por longo prazo. O tratamento cirúrgico fica reservado para casos em que há comprometimento neurológico, devido à compressão de uma raiz nervosa ou da medula espinhal. É importante salientar que este tipo de fractura é muito comum, mas infelizmente, pouco diagnosticada pelos profissionais de saúde.

Em 2002, nos EUA, ocorreram 700 mil fraturas vertebrais, o dobro do número de fracturas da cabeça do fémur. Entre os exames de imagem, o Raio X bem como a tomografia computadorizada podem apresentar imagens que não revelam o problema na fase aguda, porém, a ressonância nuclear magnética é o método de eleição, visto que detecta precocemente a fratura.

Os resultados desse tratamento a longo prazo ainda são desconhecidos. A literatura médica relata apenas cerca de 1% de complicações, sendo as mais frequentes a dor radicular, infecções, sangramento e embolias nas situações em que o cimento acrílico extravasa para a corrente sanguínea em direção ao pulmão e coração.

 Fonte:coluna.com
                                                    Postado por: Suênia Peixoto

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Melasma

O melasma é uma hipermelanose adquirida que ocorre em áreas expostas ao sol, apresentando-se na forma de máculas hiperpigmentadas confluentes ou puntiformes. As bochechas, os lábios superiores, o queixo e a fronte são os sítios mais comumente afetados, mas as lesões podem surgir em praticamente qualquer parte do corpo exposta ao sol.


Fonte:Boletim Informativo da Bibliomed
                                      
                                     Postado por: Suênia Peixoto

domingo, 4 de abril de 2010

Condromalácia Patelar

A Condromalácia patelar consiste em uma patologia crônica degenerativa da cartilagem articular da superfície posterior da patela e dos côndilos femorais correspondentes, que produz desconforto e dor ao redor ou atrás da patela. É comum em jovens adultos, especialmente jogadores de futebol, ciclistas, jogadores de tênis e corredores.
A condromalácia patelar refere-se ao joelho que foi estruturalmente danificado, enquanto que o termo mais genérico síndrome da dor patelo-femural se refere aos estágios iniciais dessa condição, na qual os sintomas ainda podem ser completamente revertidos. Porém, eventualmente, mudanças causadas por reações inflamatórias internas da cartilagem produzem um dano estrutural muito mais difícil de ser tratado.
A causa exata ainda permanece desconhecida, porém segundo a literatura, acredita-se que esteja ligada a fatores anatômicos, histológicos efisiológicos, que resultam no enfraquecimento e amolecimento da cartilagem envolvida.
O fator mais comum é o traumatismo, seja por um trauma crônico por fricção crônica entre a patela e o sulco patelar do fêmur - por onde ela passa durante a flexão do joelho - em razão do uso inadequado de aparelhos de ginástica, exercícios em step, agachamentos ou leg press, bem como pela prática inadequada de esportes, com força excessiva aplicada na patela; ou por um trauma distinto, como uma pancada ou choque do joelho sobre um objeto, e lesão aguda da cartilagem femoropatelar, com impedimento da nutrição ideal dessa estrutura devido às rachaduras originadas.
As anomalias biomecânicas, como a super pronação dos pés, também podem resultar em incongruência entre a direção em que a patela é puxada pelo músculo do quadríceps e o formato do sulco patelo-femural por onde ela se desloca.

Referencia: 

Postado por: Sandy Hellen

Poliomelite


poliomielite é uma doença causada por um enterovírus, denominado poliovírus(sorotipos 1, 2 e 3).  É mais comum em crianças ("paralisia infantil"), mas também ocorre em adultos. A transmissão do poliovírus "selvagem" pode se dar de pessoa a pessoa através de contato fecal-oral, o que é crítico em situações onde as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças de baixa idade, ainda sem hábitos de higiene desenvolvidos, estão particularmente sob risco. O poliovírus também pode ser disseminado por contaminação fecal de água e alimentos.
A multiplicação inicial do poliovírus ocorre nos locais por onde penetra no organismo (garganta e intestinos). Em seguida dissemina-se pela corrente sangüínea e, então, infecta o sistema nervoso, onde a sua multiplicação pode ocasionar a destruição de células (neurônios motores), o que resulta em paralisia flácida.
Uma pessoa que se infecta com o poliovírus pode ou não desenvolver a doença. Quando apresenta a doença, pode desenvolver paralisia flácida (permanente ou transitória) ou, eventualmente, evoluir para o óbito. A poliomielite não tem tratamento específico.
  • O modo de aquisição (porta de entrada) do poliovírus é oral (transmissão fecal-oral ou, raramente, oral-oral).
  • O período entre a infecção com o poliovírus e o início dos sintomas (incubação) varia de 3 a 35 dias.
  • Mais de 95% das infecções são assintomáticas ou têm poucos sintomas (subclínicas). A relação entre o número de casos sem sintomas e os que desenvolvem paralisia flácida é de cerca de 200:1.
  • As manifestações iniciais são parecidas com as de outras doenças virais. Podem ser semelhantes às infecções respiratórias (febre e dor de garganta, "gripe") ou gastrointestinais (náuseas, vômitos, dor abdominal, constipação -"prisão de ventre"- ou, raramente, diarréia).
  • Menos de 2% das pessoas infectadas apresentam paralisia flácida. A paralisia  geralmente começa entre 1 e 10 dias depois dos sintomas iniciais e progride por 2 a 3 dias.
  • Entre 1 e 2% das pessoas que desenvolvem sintomas apresentam meningite, sem desenvolver paralisia flácida.
  • Entre os casos que desenvolvem paralisia flácida, 2 a 5% das crianças e 15 a 30% dos adultos evoluem para o óbito.
  • Desenvolvendo ou não sintomas o indivíduo infectado elimina o poliovírus nas fezes, o qual pode ser transmitido para outras pessoas por via oral. A eliminação é mais intensa 7 a 10 dias antes do início dos sintomas, mas o poliovírus pode continuar a ser eliminado durante 3 a 6 semanas.
  • A transmissão do poliovírus ocorre mais freqüentemente a partir do indivíduo assintomático.
Referencias: 


Postado por: Sandy Hellen

Osteólise e desgaste nos componentes acetabulares


Osteólise é uma complicação reconhecida nas artroplastias cimentadas do quadril. Charnley relata nos primeiros trabalhos realizados freqüência significativa de osteólise associada a infecção; atribui a esta a causa da osteólise. São partículas de polimetilmetacrilato localizadas em áreas de osteólise ao redor dos componentes cimentados soltos. Por estar associada à soltura asséptica ou infecciosa nas artroplastias cimentadas, a osteólise foi incorretamente descrita como “doença do cimento”.
Maior incentivo foi dado ao desenvolvimento das artroplastias não cimentadas, visto ser um de seus propósitos evitar a “doença do cimento”. Porém, no seguimento das artroplastias não cimentadas, com ou sem sinais e sintomas de soltura, foi encontrada a osteólise, dessa maneira, reconheceu-se a osteólise também como uma complicação das artroplastias não cimentadas. Com isso, a teoria da “doença do cimento” foi reformulada.
Embora não seja caracterizada como entidade própria, passou- se a estudar a osteólise localizada com o objetivo de definir suas possíveis causas e, conseqüentemente, evitar seu aparecimento.
Na pelve a osteólise localizada é encontrada na interface, ou no osso esponjoso em situação justacetabular. Radiograficamente, manifesta-se como lesões destrutivas, expansivas, de características císticas, com perda do trabeculado ósseo, de tamanho variado e em alguns casos rodeada por fino halo de osso esclerótico. Deve ser diferenciada da radioluscência linear, que aparece na interface implante-osso, a qual, ao mostrar-se progressiva nos exames radiográficos periódicos, é sugestiva de soltura do componente acetabular.
Com o aperfeiçoamento do material de implante associado à melhoria da técnica cirúrgica, pensou-se que a taxa de complicações, entre elas infecção e soltura, nas artroplastias não cimentadas, sofreria redução significante, com isso, ter-se-iam resolvido as complicações advindas do cimento. Entretanto, observa-se que a osteólise localizada também é encontrada nas artroplastias não cimentadas e suas conseqüências necessitam maior atenção.

Postado por: Sandy Hellen

DISFUNÇÕES DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR(ATM)



A ATM é a articulação formada entre o osso temporal (parte da cabeça) e a mandíbula (maxilar inferior). Ela está localizada logo à frente do ouvido e é a articulação que permite os atos de abrir e fechar a boca. A porção mandibular que participa da articulação possui formato arredondado e é chamada de côndito mandibular; a depressão ou cavidade do osso temporal onde este côndilo se articula é chamada de fossa articular. Entre estas estruturas (côndilo e fossa) existe um disco articular formado por tecido cartilaginoso que é responsável pel a absorção de impactos e também funciona como uma plataforma estável para os movimentos do côndilo mandibular durante a abertura e fechamento bucais. Na sua região posterior o disco é unido a uma estrutura de vasos sanguíneos e inervação chamada de zona bilaminar ou retrodiscal.
Também fazem parte da ATM vários ligamentos que participam da estabilização da articulação e da mandíbula.
O termo disfunção de ATM é utilizado de uma maneira genérica para definir alterações patológicas articulares e musculares da face e pescoço. No entanto, podemos dividi-la em dois grupos básicos de disfunções.
1.     Síndrome de Dor e Disfunção Miofacial (relacionada à musculatura)
2.     Patologias Internas da ATM (disfunção da ATM propriamente dita)


Postado por: Sandy Hellen